
A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou nesta terça-feira (3) um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A solicitação foi enviada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes e tramita sob sigilo.
A medida foi apresentada no mesmo dia em que Zambelli confirmou que está fora do país e pretende se licenciar do mandato. A parlamentar declarou que ará a residir na Europa, onde pretende “denunciar o STF à comunidade internacional”, seguindo o exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Zambelli responde a dois processos no STF. No primeiro, já foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado e à perda do mandato, por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti. No segundo, é ré por ter sacado uma arma e perseguido o jornalista Luan Araújo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
A saída do Brasil pela deputada e seu anúncio público de que não pretende retornar aumentaram a pressão por medidas judiciais mais rígidas. Caso o STF acate o pedido da PGR, Zambelli poderá ter a prisão preventiva decretada mesmo fora do território nacional.