
A cidade de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, foi palco, nesta sexta-feira (6), de um encontro estratégico voltado ao fortalecimento das políticas públicas de proteção à infância. O Encontro Estadual alusivo às campanhas “Criança Não é de Rua” e de enfrentamento ao trabalho infantil mobilizou diversos setores da rede de proteção social, reunindo gestores do SUAS, conselheiros tutelares, representantes dos conselhos de direitos e profissionais de assistência social de todo o estado.
Com o tema “Infância longe das violências na rua. Cuidado que protege, proteção que transforma”, o evento aconteceu no auditório do Hotel Lacazzona e serviu como espaço de reflexão sobre práticas eficazes e desafios enfrentados no cuidado com crianças e adolescentes em situação de rua e exploração laboral.
Durante o encontro, foram abordadas questões ligadas à negação de direitos básicos, como o à moradia, alimentação, saúde e educação, a que muitos menores em situação de rua estão submetidos. A gerente de Proteção Social Especial de Média Complexidade da SAS, Camila Borba, enfatizou que a transversalidade do problema exige uma abordagem integrada entre diferentes áreas: “O enfrentamento ao trabalho infantil e à violência nas ruas demanda articulação entre assistência social, saúde, educação e o sistema de garantia de direitos”, declarou.
Camila ainda alertou para a urgência do tema, destacando a invisibilidade social que cerca essas crianças: “Muitas vezes, suas histórias são ignoradas, seus sofrimentos silenciados. Dar visibilidade a essas realidades é um o essencial para promover a transformação”.

A programação incluiu painéis temáticos que discutiram a interseccionalidade das vulnerabilidades enfrentadas por esse público, como pobreza, racismo e exclusão social. Também foram compartilhadas experiências exitosas de municípios pernambucanos, com o objetivo de replicar estratégias de acolhimento e reintegração social em outras regiões do estado.
A iniciativa reforça o comprometimento de Pernambuco com a construção de uma rede de proteção efetiva e humanizada para a infância e adolescência, priorizando ações integradas que garantam dignidade e desenvolvimento a crianças em contextos de risco.