
Demóstenes Torres, nome que já ocupou posição de destaque no cenário político nacional, volta aos holofotes, desta vez atuando como advogado de defesa do almirante e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, um dos acusados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suposta participação em plano de tentativa de golpe de Estado.
Antes de atuar na advocacia, Demóstenes construiu carreira como promotor de Justiça e também como senador da República, além de ter ocupado o cargo de secretário de Segurança Pública. Durante sua atuação política, ganhou projeção ao adotar um discurso rígido de combate à corrupção, o que lhe rendeu o apelido de “mosqueteiro da ética”, cunhado após reportagem da revista Veja.
Apesar do discurso moralista, seu nome ficou marcado por um dos maiores escândalos políticos da época, ao ser apontado como aliado do bicheiro Carlos Cachoeira. Em 11 de julho de 2012, foi cassado pelo Plenário do Senado por envolvimento com o esquema. Segundo o processo, sua inelegibilidade terminaria em 2028. No entanto, a investigação que levou à cassação foi anulada anos depois pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde 2019, Demóstenes comanda um escritório de advocacia que reúne cerca de 20 profissionais. Agora, como defensor no caso que envolve suspeitas de articulação golpista, seu nome volta ao debate público, relembrando sua trajetória de altos e baixos na política e no Judiciário.