
Além de congelar R$ 31,3 bilhões em despesas, o pacote fiscal mais recente do governo federal trouxe o reajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alimentando novamente as críticas sobre o avanço da carga tributária no país. A decisão, anunciada no fim de maio, reacendeu nas redes sociais a expressão “Taxad”, usada por opositores em alusão ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023, o governo anunciou 24 medidas que envolvem a criação ou o aumento de tributos — o que equivale a, em média, uma iniciativa a cada 37 dias. Nem todas estão em vigor, pois algumas ainda aguardam tramitação no Congresso, enquanto outras foram revistas ou tiveram duração temporária. No entanto, grande parte das medidas está ativa e tem impacto direto na arrecadação federal.
O acúmulo dessas ações já levou a carga tributária brasileira ao maior patamar da história, segundo dados preliminares, acentuando o peso dos impostos sobre o contribuinte. As medidas integram a estratégia da equipe econômica para garantir o equilíbrio fiscal, mas têm gerado forte reação de setores produtivos e da oposição, que acusam o governo de exagerar na pressão sobre a sociedade para aumentar a arrecadação.