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Onde estão os repórteres de bolsa de lixo?

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Ah, os repórteres de bolsa de lixo… essas figuras folclóricas de Gravatá que, na falta de pauta e sobras de talento, decidiram transformar montes de sacos de lixo em palcos de jornalismo performático. Mal o contrato da empresa de coleta foi encerrado e lá estavam eles, em êxtase, armados com celulares de quarta linha, se achando Sérgio Chapelin em horário nobre, narrando o apocalipse das esquinas com o mesmo fervor de quem descobre um furo internacional.

Vestidos com o uniforme imaginário de “repórteres caçadores de bolsa de lixo”, rodopiavam entre as montanhas de sacos plásticos como se fossem correspondentes de guerra em zona de desastre. Não faltou quem fizesse selfie com a caçamba entupida, quem gravasse stories com filtro dramático e até quem fizesse aquele close maroto, com o lixo ao fundo, para ar a impressão de um colapso sanitário. Puro espetáculo, digno de picadeiro. Só faltou a lona do circo.

E agora que o contrato foi restabelecido e a coleta voltou ao normal, a pergunta que ecoa é: onde estão os repórteres de bolsa de lixo? Sumiram, evaporaram, talvez enterrados sob as mesmas pilhas que usaram como trampolim para suas acrobacias midiáticas. Talvez, quem sabe, descansando na vala comum da irrelevância, onde habitam aqueles que só sabem aparecer quando a cidade fede.

O mais curioso é que, terminada a coleta e restaurada a ordem, muitos desses fanfarrões continuam circulando — não mais nas esquinas da cidade, mas pelos corredores da política, mendigando migalhas de alguns engravatados, ávidos por um troco, um cafezinho, um restinho de influência para manter viva a única profissão que dominam: a de bater no governo quando não estão recebendo, ou de lamber as botas quando conseguem algum agrado.

Aqui em Gravatá, todos conhecem bem o manual: quem elogia demais está ganhando, quem é imparcial não sabe para onde vai, e quem bate demais é porque está morrendo de fome — e quer, desesperadamente, comer algumas migalhas.

Esses repórteres de bolsa de lixo são os mesmos que mal terminaram a terceira série, que tropeçam no português e se perdem em uma conta de subtração, mas que, ironicamente, dominam com maestria o ofício de segurar um celular na horizontal e atacar quem quer que esteja na gestão pública. Ler este artigo? Nem pensar. Não têm paciência, nem competência. Mas publicar mais um vídeo “bombástico”, com dedo trêmulo e áudio estourado? Isso eles sabem.

Em resumo: não se tratava de indignação, mas de oportunidade. Estavam — e sempre estarão — à espreita da primeira chance para atacar o governo. Afinal, fazem parte do time do “quanto pior, melhor”. São ratazanas oportunistas, que vivem na espreita da próxima carniça política, porque é dela que se alimentam.

Por isso, repito: onde estão os repórteres de bolsa de lixo?
Talvez, no fundo da mesma lixeira que ajudaram a inflar.

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