O embate entre Elon Musk e Donald Trump alcançou um novo patamar nesta quinta-feira (5), com trocas de acusações públicas, ameaças financeiras e impactos diretos em programas estratégicos dos Estados Unidos. Durante uma reunião com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump expressou insatisfação com críticas de Musk ao projeto de lei orçamentária em tramitação no Congresso, insinuando que a relação entre os dois estaria “muito longe do que já foi”.
Pouco depois, Musk rebateu pelo X, alegando que não foi informado sobre a proposta e acusando Trump de ingratidão. “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”, escreveu. A resposta do ex-presidente veio em tom de retaliação: ameaçou cortar todos os contratos e subsídios do governo com empresas ligadas ao empresário, como Tesla e SpaceX. “A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares é encerrar os contratos com Elon Musk”, afirmou no Truth Social.
A escalada continuou quando Trump disse ter “mandado Musk embora” do governo, irritado com sua postura, e criticou o apoio do bilionário às políticas ambientais da gestão Biden, especialmente a eletrificação do setor automotivo. Musk respondeu com uma acusação grave: associou Trump ao escândalo de Jeffrey Epstein, alegando que o ex-presidente aparece nos registros não divulgados do caso.
Em um novo revide, Trump minimizou a posição de Musk e afirmou que não se importa com a ruptura. Enquanto isso, o dono da SpaceX confirmou a decisão de descomissionar a cápsula Dragon, atualmente utilizada pela NASA para transportar astronautas e cargas à Estação Espacial Internacional.
A tensão aumentou ainda mais quando Musk apoiou publicamente uma publicação que sugeria o impeachment de Trump, comentando com um simples e direto: “Sim”.
O futuro da cooperação entre as empresas de Musk e o governo americano, especialmente no âmbito espacial, segue incerto após essa sequência de declarações explosivas.
