
O programa Crédito do Trabalhador já movimentou R$ 340,3 milhões em empréstimos desde a sua liberação na última sexta-feira (21). Os dados, fornecidos pela Dataprev ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que entre 6h de sexta e 17h de terça-feira (25), foram assinados 48.170 contratos, com média de R$ 7.065,14 por trabalhador.
A nova linha de crédito é voltada a empregados formais que utilizam a Carteira de Trabalho Digital. A parcela média dos empréstimos ficou em R$ 333,88, com prazo de pagamento estimado em 21 meses.
Desde o lançamento, o sistema registrou mais de 8,7 milhões de pedidos de crédito e cerca de 64 milhões de simulações. No país, 47 milhões de trabalhadores possuem vínculo empregatício formal e 68 milhões têm o à carteira digital.
Segundo o ministro em exercício do MTE, Francisco Macena, o programa representa uma expansão no o ao crédito consignado com condições mais íveis. A meta é alcançar 25 milhões de trabalhadores nos próximos quatro anos. Ele explicou que os bancos avaliam o perfil do trabalhador, incluindo salário e histórico profissional, para aprovar os empréstimos.
O trabalhador pode usar até 10% do saldo do FGTS como garantia, ou até 100% da multa rescisória, mas o crédito também pode ser solicitado sem garantias. O limite de comprometimento da renda com as parcelas é de 35%.
Caso o tomador do empréstimo se arrependa, há um prazo de até 7 dias corridos para devolução integral do valor. Também será possível migrar o contrato para outra instituição com juros menores.
Criado pela Medida Provisória nº 1.292, o Crédito do Trabalhador é exclusivo para empregados com carteira assinada, incluindo domésticos, rurais e trabalhadores vinculados ao MEI. Inicialmente disponível apenas na Carteira de Trabalho Digital, a partir de 25 de abril todas as instituições financeiras poderão oferecer a modalidade em suas plataformas online.
Aqui estão as vantagens e desvantagens do Crédito do Trabalhador, com base nas informações fornecidas pelo governo.
Vantagens:
- o facilitado ao crédito: Disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital, o que amplia o alcance aos trabalhadores formais.
- Taxas de juros mais baixas: Por se tratar de crédito consignado, os juros são geralmente menores em comparação a outras linhas de empréstimo pessoal.
- Inclusão financeira: Possibilita que milhões de trabalhadores formais, inclusive domésticos, rurais e do MEI, tenham o a crédito com condições mais vantajosas.
- Garantias flexíveis: O trabalhador pode escolher oferecer até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, ou ainda solicitar o crédito sem nenhuma garantia.
- Simulações e comparações: Ferramenta digital permite simular valores antes de contratar, oferecendo mais transparência.
- Portabilidade de crédito: Permite migrar para outra instituição com condições melhores.
- Direito de arrependimento: Prazo de 7 dias para desistência, com devolução integral do valor.
Desvantagens:
- Comprometimento da renda: O trabalhador pode comprometer até 35% da renda mensal, o que pode impactar o orçamento familiar.
- Risco de superendividamento: Caso o trabalhador tenha outros compromissos financeiros, a adesão ao consignado pode dificultar o equilíbrio das finanças.
- Dependência de aprovação bancária: A liberação do crédito depende da análise de risco feita pelas instituições financeiras, podendo haver negativas.
- Exclusividade digital inicial: Até abril, o crédito só pode ser contratado via Carteira de Trabalho Digital, o que pode limitar o o para quem tem dificuldades com tecnologia.
- Possível cobrança de taxas por bancos: Embora o programa ofereça condições vantajosas, cada banco pode aplicar regras e taxas diferentes, exigindo atenção na hora da contratação.