O Dia Internacional do Idoso, comemorado em 1º de outubro, reforça a necessidade de refletir sobre a qualidade de vida, os direitos e os desafios enfrentados pelos idosos no Brasil. Com a expectativa de vida em alta e o aumento constante da população idosa, o país se vê diante de questões cruciais, como o fortalecimento de políticas públicas voltadas para o envelhecimento saudável, o combate à discriminação e a promoção da dignidade e do respeito.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil ou de 19 milhões em 2010 para cerca de 33 milhões em 2022, o que representa 15,5% da população. Esse envelhecimento da população impõe novos desafios, especialmente em áreas como saúde, previdência e ibilidade.
Entre os principais desafios está o o à saúde de qualidade. O envelhecimento natural do corpo exige maior atenção médica, e muitos idosos enfrentam dificuldades para obter atendimento especializado, além de precisarem de tratamentos contínuos para doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Nesse contexto, a ampliação e fortalecimento de programas voltados para a saúde do idoso no Sistema Único de Saúde (SUS) são essenciais.
Além disso, iniciativas que promovam o envelhecimento ativo, como a prática de atividades físicas e o estímulo à socialização, ganham cada vez mais relevância. Programas municipais, como centros de convivência e atividades culturais e esportivas para idosos, ajudam a manter a autonomia e o bem-estar físico e mental dessa parcela da população.
Direitos e combate à discriminação
Outro ponto importante destacado no Dia do Idoso é o respeito aos direitos garantidos pelo Estatuto do Idoso, em vigor desde 2003. O estatuto assegura direitos como o à saúde, transporte gratuito e prioridade em filas e atendimento, além de reforçar o combate à violência, à negligência e ao abandono.
Ainda assim, a discriminação etária é uma realidade que afeta muitos idosos, que sofrem com a exclusão no mercado de trabalho e, muitas vezes, são alvos de preconceito. Para mudar essa realidade, é necessário um trabalho conjunto entre o poder público e a sociedade civil, promovendo a conscientização e o respeito.
Desafios econômicos e sociais
Com o aumento da expectativa de vida, o Brasil também precisa lidar com os desafios econômicos do envelhecimento populacional, incluindo a sustentabilidade da previdência social e o apoio às famílias que cuidam de seus idosos. A aposentadoria, muitas vezes insuficiente para cobrir as despesas com saúde e alimentação, e a falta de e para cuidadores familiares são questões urgentes que precisam ser endereçadas por políticas públicas.
Além disso, o isolamento social de muitos idosos é uma preocupação crescente, especialmente em tempos de pandemia. O uso de tecnologia e de programas de assistência social se torna essencial para garantir que os idosos permaneçam conectados e recebam o apoio necessário.
Valorização e inclusão
Neste Dia do Idoso, é fundamental destacar a importância de valorizar o papel dos idosos na sociedade. Muitas dessas pessoas continuam ativas, contribuindo para suas famílias, comunidades e até mesmo para o mercado de trabalho. A inclusão digital e a oferta de cursos para que os idosos possam aprender novas habilidades também são iniciativas importantes para integrá-los à sociedade contemporânea.
Em todo o Brasil, diversas ações são promovidas nesta data para celebrar o envelhecimento e reforçar a importância de uma vida digna para a terceira idade. Programas de conscientização, palestras e eventos culturais e esportivos marcam o dia, promovendo a reflexão sobre o respeito aos idosos e a construção de um futuro mais inclusivo e solidário.
O Dia do Idoso nos lembra que o envelhecimento é uma conquista, e o respeito e a proteção aos idosos devem ser uma prioridade constante para toda a sociedade.
