Emmanuel Apory, ambulante de 26 anos que teve parte da perna direita amputada após ser baleado pelo delegado Luiz Alberto Braga durante uma discussão em Fernando de Noronha, falou pela primeira vez após a cirurgia. Em entrevista ao g1, ele relatou as dificuldades que enfrenta desde o episódio violento, destacando que ainda sente dores físicas e psicológicas.
“Sou grato a Deus por estar vivo, o que mais quero é viver e aproveitar a vida. Ainda dói, é uma dor psicológica, algo que vai demorar um pouco a ar, mas eu posso me adaptar”, afirmou Emmanuel, demonstrando força e esperança.
Acompanhado do advogado Anderson Flexa, que o representa no processo judicial, o jovem compartilhou detalhes sobre o início da sua recuperação e a escolha da prótese mais adequada. A intenção é adquirir uma perna mecânica que permita mobilidade na areia e até na água, essencial para quem vive em Fernando de Noronha.
Emmanuel recebeu a visita de um médico especialista, que apresentou opções de próteses. Para viabilizar a compra, foi criada uma vaquinha virtual com o objetivo de arrecadar recursos para custear o tratamento e os equipamentos necessários.
“O médico me mostrou algumas possibilidades de próteses, e isso me dá esperança de olhar para frente e ver que as coisas podem ser diferentes. Sei que é uma coisa cara, difícil. No momento, não consigo trabalhar, mas é isso, é luta”, declarou Emmanuel.
Demonstrando fé e gratidão, o jovem agradeceu as manifestações de apoio que tem recebido. “Estou bem. O que mais quero é viver, de cabeça erguida e mente firme”, concluiu.
